Descrição
Desconfiar é algo biblicamente justificável ou é sempre condenável?
Não quero que nenhum de meus leitores caia na armadilha de pensar que suspeitar seja algo sempre ou necessariamente errado. Não há virtude alguma em ser ingênuo. De fato, a Bíblia nos adverte para que não sejamos ingênuos:
O ingênuo dá crédito a tudo o que se diz, mas o prudente reflete antes de dar um passo. (Pv 14.15; Pv 26.24,25).
Há ocasiões em que é sensato e apropriado desconfiar dos outros, protegermo-nos e proteger as pessoas que nos são queridas daquilo que constitui uma ameaça real.
Há ocasiões em que as atividades suspeitas devem ser denunciadas à polícia (Rm 13.1-7; Tt 3.1; 1 Pe 2.13).
Há ocasiões em que se deve fugir do perigo real.
O objetivo deste livreto não é condenar todas as desconfianças categorizando-as como erradas, mas oferecer algumas orientações bíblicas equilibradas para ajudar aqueles que lutam contra desconfianças impiedosas e precipitadas em relação aos outros, aqueles que têm por hábito suspeitar sem que haja uma causa correta e adequada. Este livreto é para aqueles que suspeitam prematuramente sem as bases bíblicas apresentadas neste livreto. Caso você seja alguém assim, minha oração é que os princípios e preceitos das Escrituras, apresentados nas páginas a seguir, sejam úteis para o libertar do sofrimento associado a essas armadilhas obsessivas e às minas terrestres de desconfiança nas quais você tropeça com tanta frequência.