Descrição
No mundo antigo, foi a Torre de Babel, mais recente o quadro o Plano Divino através dos Séculos. Ambos tinham o mesmo objetivo: controlar Deus e ter o nome famoso. A primeira opção não deu certo, mas a segunda, sim. Numa primorosa e original pesquisa, Eric Martins, faz uma análise desse quadro que fez a cabeça de gerações. (Confesso: tinha medo desse quadro quando era criança. E, participar da banca de mestrado na UMESP, me serviu como terapia). Nossa iconoclastia é tão ciosa de crítica aos idolatras, mas nós evangélicos também tínhamos, e temos, as nossas idolatrias! O quadro é uma típica produção protestante estadunidense: enquadramentos, prazos, datas, propósitos e gráficos. O desenho tem a seguinte pretensão: explicar alias, enquadrar – a ação divina da eternidade passada a eternidade futura. O dispensacionalismo pentecostal mimetiza o calvinismo: determina o que Deus fez, faz e fará. E o mais grave: o que ele não pode fazer, pois, somente ele sabe tudo desse Deus que sabe tudo. Afinal, não é essa a função da teologia? De-fi-nir o divino! O texto faz uma análise histórica e estética. No mundo hitec de nossos tempos, o quadro original perdeu muito pela sua pobreza estética, mas a pretensão teológica do controle divino ainda está na moda. Os empreendedores da Torre de Babel fizeram escola! E lá e como cá, a confusão midiática é o resultado. O texto do Eric se não resolve tudo, pelo menos nos ajuda a entender o plano do Plano. Dr. Gedeon Freire de Alencar
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