Não votarás, em quem usa o nome de Deus em vão!
30 de setembro de 2016Não é errado que o cristão que está se interessando em exercer a política como desdobramento de sua vocação no mundo, seja influenciado em sua prática, por valores cristãos (isso é consequência), o problema encontra-se quando o Nome de Deus é usado, como garantidor da legitimidade da candidatura.
O candidato (a), que usa o Nome de Deus para se afirmar como possuidor de uma virtude divina que não o tem, acaba por usar erradamente aquele Nome. Nas palavras do filósofo e pastor Israel Belo de Azevedo: “Não devemos tirar proveito do nome de Deus. Uma pessoa que usa sua vinculação religiosa para convencer alguém a confiar nela está tomando o nome de Deus em vão”¹.
E quantos políticos não usam sua condição de evangélicos para com isso legitimar a opcionalidade de sua candidatura, como se ela fosse uma “candidatura canônica”, portanto, uma escolha obrigatória de todos os cristãos?
Não é bem assim. Além de olhar para os evangélicos, o cristão que se candidata deve olhar além dos evangélicos, para ver como pode colaborar com a sociedade de um modo geral.
Portanto, se a você tem sido imposto uma condição de ter de votar num candidato por promessas a sua comunidade religiosa ou somente porque o candidato se assume como religioso, não se sinta obrigado ou coagido a votá-lo.
Procure ver a abrangência de suas propostas para a cidade e se sua vida condiz com o “tom espiritual” que ele diz ter. Não se deve usar o Nome de Deus em vão (Êxodo 20.7), como “santinho” eleitoral, pois, a candidatura do tal religioso será vã, e o voto do eleitor, será mais vão ainda.