Descrição
A presente obra almeja retratar, ainda que panoramicamente, o desenvolvimento do fenômeno protestante na Europa, nos Estados Unidos da América e no Brasil. Os escritores são pesquisadores do protestantismo na relação histórica e cultural. Iniciamos pelo contexto do protestantismo na Europa e os desafios do século XVI, a consolidação da nova expressão do cristianismo que não se dá de modo uniforme, pois como é próprio da Reforma, a liberdade cristã e o livre exame da Bíblia, permitiram divergências hermenêuticas tais a produzirem protestantismos.
Os protestantismos dos reformadores e seus seguidores chegaram ao Novo Continente com os sonhos peregrinos dos imigrantes, cujas ações e crenças amoldaram-se às novas circunstâncias afirmando a esperança em situações que atentavam contra a vida, onde as pessoas morriam ainda jovens pela adversidade que encontravam. O despertar das missões atinge novos espaços e chega ao Brasil através de missionários europeus e em maior número de missionários estadunidenses. O protestantismo no Brasil não teria uniformidade doutrinária, estaria em conflituosa unidade dogmática, mas aderiram em grande número os ensinos do The Fundamentals, os fundamentos da fé cristã e por isso de maneira hegemônica poderia ser considerado fundamentalista, onde a hermenêutica literal e gramatical prevaleceu.
Somente no século XX chegam os pentecostais a fragmentar ainda mais os protestantismos existentes, embora atingindo um grande número de pessoas a preocupação inicial não era o intelectual, mas o espiritual. No final do século e início desse novo milênio, os protestantismos são tão diversos que muitos grupos, denominações novas, igrejas autônomas, agências de curas e milagres, e tantos outros designativos, levam estudiosos a se perguntarem se as novas expressões religiosas são ou não protestantes, são ou não evangélicas, são ou não cristãs.