Descrição
“Poesia Bovina” já se diz um livro rústico. Sim, é chão a voz da maioria dos poemas, que são radicalmente modernos porque se deixam entranhar de matéria antiga grega e latina – clássica, quem diria! – sem perder o sotaque, ou os sotaques, ou os sotaques, do nosso tempo. São modernos porque o que têm de clássico não lhes dá sempre e só aquela voz meio áulica dos classicismos, que não raro sendo bela (como é a de Tomais Antônio Gonzaga, ali epigrafado) não contempla, porém, os muitos falares poéticos dos antigos. Poucos poetas terão um domínio métrico-rítmico como o de Érico Nogueira em seus versos brancos.