Descrição
Não é próprio da natureza do homem — ou de qualquer ser vivo — já começar por desistir, começar cuspindo na própria cara e amaldiçoando a existência; para isso é necessário que haja um processo de corrupção cuja rapidez difere de homem para homem. Alguns desistem já à primeira contrariedade; outros se vendem; outros decaem numa progressão imperceptível e perdem seu fogo, sem nunca saber quando ou como o perderam. Mais tarde, todos eles submergem no vasto pântano dos mais velhos, que persistem em lhes dizer que a maturidade consiste em abrir mão do próprio discernimento; que a segurança consiste no abandono dos próprios valores; na praticidade, na perda da auto-estima. Contudo, uns poucos persistem e seguem em frente, sabendo que aquele fogo não deve ser traído, aprendendo como lhe dar forma, propósito e realidade. Mas, tenham o futuro que tiverem, na aurora de suas vidas, os homens buscam uma perspectiva nobre a respeito da natureza do homem e do potencial da vida. Há pouquíssimos marcos que sirvam de guia nessa jornada. A nascente — uma confirmação do espírito da juventude, que proclama a glória do homem e mostra o que é possível realizar — é um deles. — Ayn Rand