Descrição
A maior parte da história é hierárquica: descreve papas, presidentes e líderes revolucionários. Porém, e se a razão disso for apenas o fato de as hierarquias criarem os arquivos históricos? E se estivermos ignorando redes igualmente poderosas, mas menos visíveis – deixando-as para os defensores de teorias conspiratórias, com seus sonhos de illuminati todo-poderosos?
O século XXI tem sido chamado de a Era das Redes. No entanto, em A Praça e a Torre, Niall Ferguson argumenta que as redes sociais não são um fenômeno novo. Desde as gráficas e os pregadores que fizeram a Reforma aos maçons que lideram a Revolução Norte-Americana, passando pelo Iluminismo, as grandes guerras e até a recessão econômica de 2208/2009, foram as redes que abalaram a ordem vigente. Ao longo da história, hierarquias alojadas em altas torres governavam, mas muitas vezes o poder real residia nas redes das praças das cidades. São as redes que tendem a inovar – e é por meio delas que as ideias revolucionárias se espalham.
Longe de ser novidade, a nossa era é a Segunda Era das Redes, com o computador pessoal no lugar da prensa móvel. Portanto, aqueles que mantêm esperanças de uma utopia de ”cidadãos da Internet” interconectados talvez se desapontem, pois as redes são suscetíveis a agregações, contágios, e até mesmo interrupções de atividades. E os conflitos dos séculos XVI e XVII já têm paralelos inquietantes hoje, na época do Facebook, do Estado Islâmico e do mundo de Trup.
Niall Ferguson é um dos mais brilhantes intelectuais contemporâneos. Suas análises de causa e efeito dos eventos ao longo da história não encontram paralelo entre os historiadores da atualidade. Assim como seu best-seller A ascensão do dinheiro coloca Wall Street sob perspectiva histórica, A Praça e a Torre faz o mesmo com o Vale do Silício.
