Descrição
Conselhos para a direção do espírito: As fontes
O Padre Sertillanges, ao escrever “A vida intelectual”, disse que não tinha a pretensão de substituir os Conselhos do Padre Gratry: “Não esqueci, como sem dúvida muitos outros não esqueceram, o entusiasmo dos seus vinte anos, quando o Padre Gratry estimulava nele o fervor do saber. Numa época que tanto necessita de luz, devemos recordar com freqüência as condições que permitem adquirir a luz e preparar sua difusão através de obras”.
Estes conselhos não se dirigem a todo mundo: um número muito pequeno de espíritos, no atual estado do mundo, são ou desejam ser capazes de segui-los. Dirigem-se àquele homem de vinte anos, espírito raro e privilegiado, coração ainda mais privilegiado, que, no momento em que seus colegas de estudo chegaram ao final de sua trajetória, compreende que sua educação está apenas começando; que, na idade em que o amor pelo prazer e pela liberdade, pelo mundo, por suas honras e riquezas arrasta e precipita a multidão, detém-se, ergue os olhos e busca, no imenso horizonte da vida, no céu e na terra, o objeto de um outro amor.
Tradução: Roberto Mallet
SOBRE O AUTOR:
Auguste Joseph Alphonse Gratry (1805–1872) foi um dos grandes filósofos do século XIX. Estudou teologia no seminário de Estrasburgo, e foi ordenado sacerdote em 1832. Tornou-se diretor do Colégio Stanislas de Paris em 1841 e capelão da Escola Normal Superior em 1846. Em 1852 reestabeleceu o Oratório do Cardeal De Bérulle na França, abolido desde 1792 durante a revolução. Professor de teologia moral na Sorbonne (1863) e Membro da Academia Francesa (1867), o Pe. Gratry é autor de “De la Connaissance de Dieu” (1853) e “De la Connaissance de l’Âme” (1858), além de sua “Logique” (1856). “Les Sources, conseils pour la conduite de l’esprit” foi publicado em 1862.