Descrição
Esta obra contém nove textos que considero importantes para mapear minha reflexão sobre a Teologia da Libertação. O primeiro texto, A teologia no Tempo, é um texto que abre a discussão sublinhando a relevância salvífica da história e a atenção para a dimensão eterna no tempo. Desde o início da teologia da libertação essa consciência da unidade da história está presente como força dinâmica: “não há duas histórias justapostas, uma profana e outra sagrada, mais sim um único devir humano, assumido irreversivelmente por Cristo, Senhor da história” (G. Gutiérrez). O segundo texto, Teologia da Libertação: eixos e desafios, nasceu de um seminário realizado em Porto Alegre, em 2005, onde se abordou o tema da atualidade da teologia da libertação para além do Inclusivismo, busca abordar a espinhosa questão da referência inclusivista na teologia da libertação e sua relação com a diversidade religiosa. O quinto texto, A Espiritualidade na Teologia da Libertação, trata da espiritualidade libertadora, que acompanha todo o trajeto da teologia da libertação, desde o livro inaugural de Gustavo Gutiérrez, mas que ganha um lineamento singular a partir da década de 1980. O sexto texto, O Desafio do Pluralismo Religioso para a Teologia Latino-Americana, busca tratar os desafios do pluralismo religioso à teologia da libertação. O sétimo texto, O Desafio das Teologias índias, é um texto que visa apresentar de forma sintética a contribuição da teologia dos povos originários no contexto de uma teologia do Pluralismo religioso. O oitavo texto, Comunidades Eclesiais de Base e Diálogo Inter-Religioso, aborda a temática da abertura inter-religiosa no X interclesial das CEBs, realizado em Ilhéus (BA) em julho de 2000. Finalmente, o último texto, O Itinerário Místico de Ernesto Cardenal, mostra os traços da presença espiritual desse poeta e místico nicaraguense, tão ligado à teologia da libertação, mas que foi mais reconhecido como um profeta e revolucionário.