Descrição
Das Coisas Que Nos Fazem Pensar- O Debate Sobre A Nova Teoria Da Comunicação
Duas proposições provocadoras são apresentadas neste livro. A
primeira é a de que a comunicação, no sentido rigoroso do
termo, é algo muito diferente das meras conversas que as
pessoas travam entre si, dos programas de TV que assistem, do
envio e recepção de mensagens pelo Facebook, Twitter ou
mesmo pelos telefones celulares. Geralmente, nada disso de fato
comunica. Mensagens são trocadas o tempo todo, mas as
pessoas permanecem as mesmas, pouca coisa as altera.
Praticamente nada acontece. Continuamos iguais. Nas raras
vezes em que fatos e acontecimentos nos fazem rever nossas
posições, mudar nossas opiniões, passar a pensar ou agir
diferentemente, aí sim acontece a comunicação. Comunicação,
portanto, é algo que violenta, nas palavras do filósofo francês
Gilles Deleuze, algo que nos força a pensar e a refazer nossos
padrões.
A segunda proposição tem a ver com a localização e a
identificação da comunicação: onde ela acontece? Como ela se
dá? Que efeitos provoca na pessoa?
A Nova Teoria da Comunicação é apresentada aqui para abrir
um novo tipo de pesquisa: não mais fazendo grandes
sondagens, ao estilo da pesquisa de mercado ou da publicidade,
não mais procurando interpretar os signos, em trabalhos e
leituras ao mesmo tempo inócuos e herméticos, de resultados
sempre duvidosos, não mais apoiada nas bengalas da
sociologia, da antropologia, da semiótica, mas vivenciando a
experiência, fazendo imersão nos eventos comunicacionais. O
metáporo é a proposta de procedimento de pesquisa: o
estudioso sai a campo e se deixa surpreender pelo
acontecimento, seja ele uma imagem, um filme, uma
representação teatral, uma performance cênica, uma instalação,
um livro, uma reportagem… Pela primeira vez, fazer ciência da
comunicação tornase uma ocupação agradável, divertida,
enriquecedora.
Cumpre apostar nessa nova proposta e revolucionar a maneira
de se pensar e pesquisar a comunicação neste país.