Descrição
Grande desafio do estudo é analisar a questão racial sem que o negro seja emparedado no lugar de objeto, deslocamento este que é pauta de primeira linha na geração do autor e que encontra lastro na longa tradição crítica dos intelectuais negros brasileiros, a exemplo de Edison Carneiro, Guerreiro Ramos, Eduardo de Oliveira e Oliveira e Lélia Gonzalez, dentre outros. (…)Na verdade, o livro parece mais com um artefato construído a partir de um quebra-cabeças de peças miúdas, em que o autor ao juntar pequenas partes, revela reflexos entrecortados dos negativos gerados por imagens fixas de Rafael Braga em discursos públicos e em documentos produzidos pelo sistema judiciário. Flavia Rios Enquanto ativista presente e participativo da Campanha Pela Liberdade de Rafael Braga Vieira, entre os anos de 2013 e 2016 mais ativamente, eu mesmo confronto-me com a obra em mãos, de quem descreveu o que para mim era desconforto e inconveniente. A construção de um Rafael Braga símbolo da luta contra o encarceramento de uma juventude negra ou contra a seletividade penal serviu tanto ao Rafael quanto ao nosso próprio desejo (movimento social, coletivos, partidos, organizações) de ter um símbolo? Ronilso Pacheco