Descrição
Interpretação da literatura apocalíptica do Antigo Testamento
Os gêneros variam consideravelmente na forma como usam a linguagem para comunicar significado. Alguns gêneros, por exemplo, fazem uso abundante da linguagem figurada e do simbolismo complexo. Se tomada de modo literal, essa linguagem poderia levar a pessoa a interpretar erroneamente a mensagem ou até mesmo a deixar o sentido escapar completamente. Alguns gêneros usam a linguagem de uma maneira altamente alusiva – talvez até mesmo evasiva –, que difere consideravelmente do estilo normalmente direto de um texto narrativo. Outros fazem uso abundante de símbolos estranhos e até mesmo bizarros, cujo significado pode não ser imediatamente claro ou óbvio ao leitor. Os bons leitores desenvolvem uma consciência dessas características e abordam essa literatura à luz das expectativas indicadas em parte pelo gênero. Eles resistem à tentação de impor a esses textos expectativas que são contrárias às pretendidas por seu autor. Uma compreensão adequada do gênero é, portanto, uma chave importante para a interpretação válida de um texto. Nesta obra, vamos nos concentrar em um gênero particular da literatura do Antigo Testamento, o qual difere em aspectos importantes de outros gêneros encontrados ali. Vamos nos concentrar na literatura apocalíptica do Antigo Testamento.
“Uma apreciação pela rica diversidade de gêneros literários nas Escrituras é uma das características positivas dos estudos evangélicos nas últimas décadas.” – David M. Howard Jr., organizador da série original
Sobre o autor:
Richard A. Taylor é professor titular de estudos do Antigo Testamento no Dallas Theological Seminary. Possui PhD em línguas semíticas e literaturas da Catholic University of America. Suas publicações incluem uma análise crítica do texto da Peshitta de Daniel, um comentário sobre Ageu e um manual sobre literatura apocalíptica. Ele também organizou (com Craig E. Morrison) um volume sobre siríaco, hebraico e lexicografia grega.