Descrição
Kant E O Fim Da Modernidade: Os Sonhos De Um Visionário
Kant e o fim da modernidade – Os sonhos de um visionário
aborda os escritos da
década de 1760, da filosofia kantiana, com o intuito de apontar
quais são os elementos
de cunho crítico presentes nesses escritos que desembocam na
obra Sonhos de um
visionário explicados por sonhos da metafísica (1766). No ano
de 1763, com o Único
argumento possível para uma demonstração da prova da
existência de Deus e com o
Ensaio para introduzir a noção de grandezas negativas em
filosofia, Kant aponta para o
papel da experiência na existência do simples possível e para o
papel da oposição real
para os acontecimentos da ordem fenomenal.
Temse, por parte de Kant, uma preocupação com o estatuto da
metafísica tradicional
que se apoia em provas não concretas e busca, por meio de
inferência e pelo princípio
de contradição, mostrar a ordem do mundo e a existência do
real. Nesse sentido, Kant
começa a engendrar uma crítica ao racionalismo de cunho
dogmático, em especial à
escola Leibnizwolffiana, tendo como influências as inovações
da ciência newtoniana e
o ceticismo de David Hume. Assim, é possível encontrar em
Sonhos de um visionário
pistas que conduzem à interpretação da obra como um
fechamento da filosofia pré
crítica de Kant, abrindo as portas para o criticismo presente na
Dissertação de 1770,
segundo o próprio autor na Carta a Tieftrunk em 1797