Descrição
A presente obra tem por objetivo apresentar uma análise do monopólio religioso na capelania militar brasileira. O militarismo brasileiro representa o Estado em seu poder executivo, sendo assim, ele não pode apresentar-se como uma instituição que não respeita as atuais diretrizes legislativas a respeito da laicidade do Estado e o direito de assistência religiosa a todo o cidadão que participe de internação coletiva, seja em ambiente civil ou militar, nem tão pouco pode ser norteado por diretrizes religiosas excludentes do princípio isonômico do Estado democrático de direito, impedindo que outros oficiantes religiosos possam exercer a função de oficial capelão, já que existem militares além da religião cristã, que apresenta-se como a dominante. No percurso do texto, buscou-se apesentar a construção mítica do capelão na esfera pública, as influências da religião no militarismo brasileiro e, por fim, as consequências para a sociedade pós-secular.