Descrição
Essa obra traz em seu bojo e em seu corpo uma análise bem desenvolvida de uma obra pouco conhecida do, talvez, maior filósofo francês dos últimos tempos. Trata-se da peça de teatro ”Mortos sem sepultura”, escrita em 1945, em meio à mais degradante guerra já empreendida no século passado, e encenada um ano depois, quando a Europa tentava ainda se reconstruir dos escombros deixados pelas mãos bélicas dos bárbaros. Na peça citada, Sartre lança mão do teatro de situações para tratar da liberdade humana. Como nos ensina o filósofo: ”Nunca fomos tão livres como durante a ocupação alemã.” Lida desatentamente, até nos parece causar uma certa estranheza uma afirmação dessa natureza. Como ser livre em meio à guerra, onde pululam as mais abjetas condições humanas…; mas é que para Sartre ”a liberdade se caracteriza na ação, porque precisa de um campo de resistência no mundo.”