Descrição
Será correto afirmar que a música modifica a personalidade ou o Q.I. (quociente intelectual) de uma criança, ou, em outras palavras, que ela possa transformar toda uma civilização?
É preciso perceber que, desde há menos de duas gerações, e graças aos meios de difusão modernos, a música invade a vida cotidiana do homem, desde a mais tenra infância e em todos os níveis da sociedade. Segundo as neurociências, o pensamento de certos jovens já sofreu uma mutação por conta do desenvolvimento e da vulgarização do audiovisual: ele se desenvolve como o roteiro de um filme de televisão, plano por plano, cena por cena; ele se faz por meio de imagens como no homem primitivo, e tudo isso malgrado a escolarização obrigatória. O que ocorreu com a sensibilidade das pessoas durante essa regressão intelectual, essa substituição da civilização do escrito pela civilização da imagem e do ritmo?
Para compreender e explicar a ação da música sobre o homem, voltei a estudar as neurociências e tentar fazer uma síntese das descobertas feitas nos últimos trinta anos, levando em conta certas obras realizadas em ciências humanas. Depois, ao aprofundar meus conhecimentos em musicoterapia, dei-me conta da urgência da situação: milhares ou talvez mesmo milhões de crianças correm o risco de comprometer definitivamente seu futuro por causa de uma ‘audição forçada’ da ‘poluição sonora’.
Sobre o autor:
Dr. Minh Dung Nghiem é um médico e escritor franco-vietnamita, nascido em 1935, em Hai Duong, Vietnã. Já publicou nove livros, dentre os quais destacam-se, além deste Música, inteligência e personalidade (seu primeiro, publicado em 1999 pela Godefroy de Bouillon e traduzido agora pela primeira vez para o português), outros como Les arts et l’équilibre mental (Éditions de Paris, 2006), Cannibalisme révolutionnaire (Éditions de Paris, 2008), Les démons de l’archaïsme & le développement humain (Via Romana, 2009) e Musique, personnalité et difficultés scolaires (Via Romana, 2011).