Descrição
(…) O texto possui uma ambição nos propósitos e ousadia na formulação, qual seja a de buscar uma comensurabilidade e um nexo que conecte as ditas religiões “velhas” e “novas”, que compõem uma grande parcela do panorama religioso no Brasil.
(…) ao invés de entabular interpretações mais históricas, sociais, com suas mediações de poder e institucionais – a autora chega a ideia de um ”campo religioso da espiritualidade”, que pode abranger e dentro do qual se pode desenvolver implicações e uma linguagem franca entre as religiões/espiritualidades existentes, ”novas” e ”velhas’.
(…) o que Gonçalves propugna é uma ”teoria da mediunidade” (…). Neste particular, parece-me muito interessante, uma noção que irrompe no seu texto, de ”além do continnum mediúnico”'(…).
(…) O melhor e o mais franco ao trabalho de Iracilda Gonçalves é iniciarmos de pronto o debate que o seu instigante livro provocou em mim, seu primeiro interlocutor, e que certamente provocará no público especializado que o lerá.
Marcelo Ayres Camurça