Descrição
A matriz da reflexão desta obra é a categoria fronteira. As primeiras intuições vieram da teologia de fronteira de Paul Tillich, mas, agora, interpelado pelas problematizações da teoria decolonial, a fronteira recebe um novo significado e a teologia que daí advém tem um novo contorno.
Mais do que um lugar propício para estabelecer encontros, o espaço entre os diferentes se tornou também um ambiente contestador, isto é, as margens das culturas, das religiões, dos conhecimentos e de todos os âmbitos da vida são habitadas por minorias que foram subalternizadas, empobrecidas e silenciadas por políticas hegemônicas no empreendimento perverso da colonização.
Aquilo que conhecemos como “modernidade” oculta a face cruel dos mecanismos de dominação conhecido como “modernidade/colonialidade”. Nesta relação injusta entre o colonizador e o colonizado, a fronteira se tornou o recinto daquele que foi saqueado e explorado. Como pensar e fazer teologia a partir deste espaço?