Descrição
Quando coloquei a minha própria fé, seus fundamentos e linguagem no altar da crise, percebi que meus olhos e ouvidos estavam programados para a naturalização de toda a violência que me era cotidiana, e o maior personagem de tudo isso era o próprio Deus […] A imagem de Deus, resgatada da violência fundante e que reverbera numa nova leitura acerca da vida e obra do Filho, podem conduzir a teologia evangélica para uma nova chave de leitura, pela qual a violência seria um elemento a ser rejeitado e combatido, ao invés de louvável e indispensável […] A favela pode ser um espaço onde a rotina é de vida e não de morte, e o discurso religioso opere mais do que a sensação de segurança, fomentando ética de responsabilidade em cada indivíduo que deseja abrir mão da violência que insiste em permanecer nos fundamentos das construções humanas.